segunda-feira, 26 de novembro de 2012

VIDEOS SESIMBRA - SETUBAL 24/11/2012



No dia 24 de Novembro um grupo de 25 aficionados do surfski reuniram-se para ir de Sesimbra até Setúbal.

São 23 km dos quais 18km são em mar aberto depois os restantes são no estuário do rio  Sado.

Ficam aqui os videos do treino conjunto.

https://vimeo.com/54221409

Videos do Marcelino.


O momento em que se partiu o surfski do Beto.






terça-feira, 20 de novembro de 2012

CAMPEONATO DO MUNDO E CIRCUITO MUNDIAL EXPLICADO


Percurso do Mundial de 2013 - Praia de Ofir - Praia da Azurara

Agora tudo está preparado para o 1º Campeonato do Mundo de Surfski oficial e reconhecido. A ICF aprovou em congresso em St. Petersburg - Rússia no fds de 17-18 de Novembro as REGRAS para o Campeonato do Mundo [World Championships] e para o Circuito Mundial de Canoagem Oceânica [Ocean Racing World Series - (ORWS)].

CAMPEONATO DO MUNDO

A partir de 2013 vamos ter um Campeonato do Mundo todos os anos. Pela primeira vez teremos um campeão mundial de surfski oficial e reconhecido pela ICF.

Temos os seguintes escalões:

Masculino
SS-1, SS-2
Feminino
SS-1, SS-2
Sub 23 Masculino (19 - 23 anos)
SS-1
Sub 23 Feminino (19 - 23 anos)
SS-1
Junior Masculino (15-18 anos)
SS-1
Junior Feminino (15-18 anos)
SS-1

O escalão Masculino e Feminino é ABSOLUTO e podem entrar atletas sem limite de idade.

Oficialmente em representação das federações nacionais participam 2 atletas por país por categoria + os 30 primeiros do ranking mundial das Ocean Racing World Series por categoria.

Em 2013 a classe SS-2 é apenas de demonstração e não é atribuído título mundial. Todos os escalões largam ao mesmo tempo. Não há largadas faseadas.

Os percursos são em downwind com largada e chegada em locais diferentes. Distância mínima de 20 km e máxima de 35 km. 

São organizados numa janela de 3 dias para a organização encaixar a prova no dia com mais vento. O percurso pode ser mudado à última hora para aproveitar ventos favoráveis.

Prize Money mínimo de 20.000 Euros e atribuição dos títulos mundiais aos primeiros.

PORTUGAL 2013 – 1º CAMPEONATO DO MUNDO

Será de 12 a 14 de Julho de 2013 e o percurso vai ser da praia de Ofir com chegada na praia da Azurara (local da NELO SUMMER CHALLENGE). São 23 km em downwind.

Quem pode participar?

Excecionalmente nesta 1ª edição participam 5 atletas por país + os 30 primeiros do ranking mundial mas… em simultâneo com o Mundial vamos ter uma regata com largada no mesmo local e à mesma hora e o mesmo percurso para todos os atletas de todo o mundo que queiram participar

Claro que o local da largada será um pouco afastado dos atletas de seleção mas em 23 km em downwind essa desvantagem inicial pode ser facilmente recuperada. Por isso quem quiser saber o que vale a nível mundial, Vila do Conde nos dias 12 a 14 de Julho é o local onde se deve apresentar!  

CIRCUITO MUNDIAL – OCEAN RACING WORLD SERIES (OCWS)

As provas do circuito mundial serão anunciadas em breve. As federações nacionais e organizações podem agora candidatar-se na ICF para que a sua prova integre o ORWS.

São provas onde os atletas podem pontuar para o ranking mundial. Pontuam os 50 primeiros atletas desde que fiquem dentro do tempo de controlo de 1 minuto por km para homens e 2 minutos para mulheres.

No máximo serão 10 regatas e contam para o ranking as 4 melhores regatas de cada atleta.

Os percursos são preferencialmente em downwind com largada e chegada em locais diferentes. Distância mínima de 15 km e máxima de 35 km. 

Para o ranking mundial só contam as classes SS-1 e apenas regatas com 5 países diferentes a participar é que vão contar para o circuito mundial.

Os 30 primeiros do ranking mundial ficam apurados para o Campeonato do Mundo seguinte.

Podem participar todos escalões para cima de JUN (15-18) e permite também a classe SS-2 Misto. Não há limite de participantes por país, ou seja, qualquer atleta pode participar nas provas do circuito mundial e pontuar para o ranking.

Sistema de pontuação:

FINISH POSITION
POINTS
FINISH POSITION
POINTS
1
180
26
50
2
167
27
48
3
154
28
46
4
141
29
44
5
138
30
42
6
135
31
20
7
132
32
19
8
129
33
18
9
126
34
17
10
123
35
16
11
80
36
15
12
78
37
14
13
76
38
13
14
74
39
12
15
72
40
11
16
70
41
10
17
68
42
09
18
66
43
8
19
64
44
7
20
62
45
6
21
60
46
5
22
58
47
4
23
56
48
3
24
54
49
2
25
52
50
1

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ONDAS DE ÁGUAS BAIXAS (shallow water waves)



São as ondas que vamos apanhar ao nos aproximar-mos da costa. São ondas cuja profundidade é inferior a 1/20 do comprimento de onda. Incluem-se nesta categoria as ondas geradas pelo vento quando se aproximam da linha de costa. A sua velocidade aumenta com a profundidade. A movimentação das partículas em águas pouco profundas é uma órbita elíptica muito achatada que se aproxima da oscilação horizontal.





Fig. 3 - Modificações sofridas pelas ondas quando se aproximam das linhas de costa.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

PASSAR A ZONA DE REBENTAÇÃO

Artigo com as melhores dicas e opiniões dos profissionais, sobre como devemos passar a rebentação sem problemas. Artigo completo em inglês AQUI em SURFSKI.INFO.
[Todos os atletas de topo concordam nestes pontos: ter muita calma; não entrar logo na zona de impacto; observar as sequências de ondas; aproveitar uma abertura entre ondas; a zona de impacto tem poucos metros de largura; quando decidimos avançar atacamos as ondas sem hesitar; manter a pagaia por cima da espuma das ondas; e só paramos depois de passar a zona de impacto.


Zona de Rebentação: é uma faixa muito estreita onde as ondas têm mais energia e quebram. Fica entre a área em que a crista da onda começa a criar espuma até a zona de espuma depois da onda quebrar.

Zona de Impacto: é o local exato onde a onda quebra e fica dentro da zona de rebentação. É o que temos sempre de evitar e é a zona mais perigosa. 
O melhor mesmo é ler o que cada um tem para nos dizer e aprender com os mais experientes. Especial atenção ao que diz o MARK LEWIN no final.]
A passar a rebentação. Será esta a forma correcta?
PASSAR A ZONA REBENTAÇÃO
Esta sequência foi tirada na praia de Amanzimtoti, Durban, África do Sul. Apesar da rebentação ser relativamente pequena, podia castigar os mais desatentos e o dia terminou com vários surfskis partidos.
Fotos de Anthony Grote – mais fotos em www.anthonygrote.com
Esta é uma sequência interessante porque ilustra vários dos pontos importantes sobre como passar a rebentação.
A forma correcta de fazer.
O canoísta em primeiro plano é o muito experiente Mark Lewin. Ele estava antes da zona de impacto [onde a onda quebra] e viu a próxima onda a aproximar-se. Em vez que ir contra a onda, colocou as pernas para fora para travar o surfski. Está à espera que a onda quebre e depois avança pela espuma, passa por cima dela e segue caminho.
A forma errada de fazer.
O canoísta mais à frente foi contra a onda. A técnica para enfrentar a onda está correcta – reparem que ele inclina-se para a frente e coloca a pagaia de lado, mas…
Em primeiro lugar não deveria ter-se colocado naquela situação. Se tivesse esperado, tinha deixado a onda quebrar à sua frente e depois passava por cima da espuma. Aconteceu que… ele atravessa a onda sem se virar mas é puxado para trás e perde muito terreno.
Ele deve ter sido puxado para trás para aí uns 100 metros!” Disse Mark Lewin. “E eu passei por ele na boa.”



Neste caso o canoísta não alinhou a pagaia com a onda e levou com toda a energia da onda. Também é puxado para trás.

Fotos de Anthony Grote – mais fotos em www.anthonygrote.com

O que têm para dizer os profissionais sobre como passar a rebentação? Perguntámos a uma selecção de canoístas experientes, homens e mulheres, e isto é o que eles têm para nos dizer:
MATT BOUMAN
Qual é a melhor forma de passar a rebentação? O que é fundamental fazer ou ter em atenção?
Não compliquem as coisas. Decidam bem. A zona de impacto [onde podes levar com a onda] provavelmente só tem 10 metros de comprimento. Antes ou depois desta zona pode intimidar mas apenas isso porque não te vai fazer mal. Não abrandes a não ser que seja óbvio que vais ser apanhado no sítio errado e à hora errada. Se achares que tens 50/50 de possibilidade… avança. É sempre mais fácil passar a rebentação em velocidade. Uma coisa que nunca vais querer é estar parado na zona de impacto.
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BARRY LEWIN
Não tenhas receio, se hesitares não tens hipóteses, planeia bem, ataca sempre a onda, a velocidade é fundamental, faz diagonais se necessário (se soprar vento).
Nós passamos a rebentação todos os dias. Eu vivo em Umhlanga e treino em frente à minha casa, por isso tenho muita prática. Quanto mais praticares a saída nas ondas mais confiança terás e isso é o mais importante. A minha vantagem é que eu não tenho medo de passar a rebentação.
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OSCAR CHALUPSKY
Qual é a melhor forma de passar a rebentação? O que é fundamental fazer ou ter em atenção?
A pergunta pode ter várias respostas porque podemos passar a onda nas suas diversas fases. Se tivermos pouca espuma a melhor forma é inclinarmo-nos um pouco para trás antes da espuma atingir a frente do barco para levantar um pouco a proa. Mantém a pagaia por cima da espuma e coloca a pá na água por trás dessa espuma.
Se a espuma da onda estiver acima da tua cabeça tens de fazer o que se faz quando damos de frente com um grande onda que é: colocar a pagaia de lado e perpendicular ao surfski e baixarmo-nos para a frente mantendo a cabeça em baixo.
NUNCA mantenhas a pagaia em frente à tua cara porque uma coisa é certa; ou a pagaia te vai bater na cabeça ou partes o tubo ou a cabeça.
Assim que passares a onda tens de colocar uma pá na água o mais rápido possível para evitar seres puxado para trás com a onda.
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DAWID MOCKE
Qual é a melhor forma de passar a rebentação?
Tens de atacar as ondas e não podes hesitar quando decides passar a rebentação.
O que é fundamental fazer ou ter em atenção?
Tens de saber onde é a zona de impacto e planear a tua saída para um momento de acalmia entre ondas. Lembra-te que geralmente a zona de impacto é uma área que se atravessa em apenas 20 a 30 pagaiadas.
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MICHELE ERAY
Qual é a melhor forma de passar a rebentação?
A melhor forma é ter paciência. Se tiveres tempo observa as ondas a quebrar, tenta descobrir a sequência de ondas, procura uma corrente de revés ou algo que te ajude a passar mais facilmente. Depois escolhe o momento de acordo com o que observaste. Tem paciência e não te preocupes se for preciso esperar um pouco na zona antes da rebentação passando pequenas espumas.
O que é fundamental fazer ou ter em atenção?
A melhor dica para teres sempre em mente é que tens de estar sempre a pagaiar. Se parares vais ser arrastado para trás, por isso, rema com força contra a onda e continua até passares a zona de impacto.
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JEREMY COTTER
Qual é a melhor forma de passar a rebentação? O que é fundamental fazer ou ter em atenção?
A melhor forma de passar a rebentação, especialmente nos surfskis mais compridos, é ter calma e ter a noção das ondas que vêm mais atrás e não estarmos focados apenas na que está a quebrar à nossa frente porque senão pode acontecer que a onda que te quebra em cima é uma que tu nunca viste.
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HANK MCGREGOR
Qual é a melhor forma de passar a rebentação? O que é fundamental fazer ou ter em atenção?
A melhor forma de passar é rebentação é ter calma e observar a zona de rebentação antes de nos fazermos a ela. Se soprar vento, usa-o a teu favor, indo na mesma direcção do vento para ter alguma ajuda. Procura uma aberta ou corrente e usa-a. Tudo isto te pode ajudar se precisares.
Quando estás a passar a espuma ou ondas a quebrar passa sempre a pagaia por cima e tenta puxar-te para lá da onda. – é nesta fase, antes do impacto, que a maioria dos canoístas tenta fazer um apoio em vez de continuar a remar. Acho que o truque é estar 100 por cento focado e nunca hesitar quando estamos na zona de impacto.
Tenta olhar para além da onda à tua frente e ver como está a onda por trás para saberes que direcção tomar. Aumenta a cadência de remada em vez de tentares remar com mais força porque nesta fase tens muita resistência [a energia das ondas] contra ti.
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MARK LEWIN
Qual é a melhor forma de passar a rebentação? O que é fundamental fazer ou ter em atenção?
O erro mais comum que eu vejo o pessoal fazer é avançar demasiado na zona de rebentação ou tentar passar por cima da espuma das ondas que quebraram, muito em cima da zona de impacto.
O que acontece é que eles geralmente estão a ser puxados para trás ou para os lados pela energia da onda que os atingiu e perdem a oportunidade de apanhar uma aberta entre ondas sem serem apanhados na zona de impacto. Se aguardarmos mais atrás da zona de impacto conseguimos observar, ter sempre controlo sob o nosso surfski e estamos sempre a andar para a frente. Quando há uma aberta entre ondas, facilmente conseguimos acelerar o nosso surfski.
Na largada de uma competição com muita gente, o dilema de um atleta experiente é que ao esperar afastado da zona de rebentação, é ultrapassado pelos “aventureiros” que se fazem logo às ondas. Muitos deles vão ser empurrados para trás e até saltam dos surfskis e quando há uma abertura entre ondas fica com uma série de atletas à sua frente a tentar corrigir a trajectória ou a voltar a subir para o surfski e não consegue aproveitar essa oportunidade.
Eu prefiro abdicar da trajectória mais curta a favor de mais espaço para ter a certeza que fico com uma área livre à minha frente.
Outro erro comum que vejo e que provoca estragos em muitos surfskis é que quando os atletas são apanhados na zona de rebentação, especialmente em zonas de baixa profundidade, tentam sempre manter-se sentados. Com o peso do atleta no meio de um surfski com 6,80 metros que pesa menos de 20 kg, mais a energia da onda a quebrar no barco, é mais que provável que o surfski seja puxado para trás a vá bater no fundo ou noutros surfskis que vêm de trás. E isto resulta sempre em surfskis partidos! É muito melhor sair do surfski antes da onda quebrar, virar o casco para cima e agarrar o footstrap com uma mão. Afastar a mão que está a agarrar a pagaia, mergulhar e empurrar o surfski na direcção da onda. Com o nosso corpo debaixo do barco a energia da onda dissipa-se por cima do surfski. Não és muito puxado para trás e é menos provável que percas ou estragues o teu surfski.